25 de janeiro de 2013

A fauna revelada do Parque Estadual da Pedra Selada e arredores

Apresentamos abaixo resumo apresentado por Izar Aximoff, com fotos dele e de Christian Spencer, com um levantamento da mastofauna presente na área do atual Parque Estadual da Pedra Selada (Peps), com sede no distrito de Visconde de Mauá, Resende/RJ.



MAMÍFEROS NÃO VOADORES EM ÁREA PROPOSTA PARA O
PARQUE ESTADUAL DA PEDRA SELADA

IZAR AXIMOFF


Embora localizado em uma das áreas mais devastadas do estado do Rio de Janeiro, o futuro Parque Estadual da Pedra Selada (Peps) abrigará um dos últimos fragmentos da Mata Atlântica sul fluminense. Para esta região as informações disponíveis relativas à mastofauna são quase que exclusivas à lista de espécies de mamíferos do Parque Nacional do Itatiaia (PNI). O presente trabalho objetivou o levantamento da mastofauna do PEPS utilizando armadilhas fotográficas, avistamentos diretos e indiretos (fezes e pegadas) em três diferentes pontos com altitudes variando de cerca de 480m a 1650m de altitude, nas áreas próximas ao limite oeste da UC, região de entorno do PNI. Ao todo foram registradas 32 espécies (6 espécies exóticas) nos pontos estudados do PEPS. Duas das espécies tiveram a presença confirmada por moradores do entorno. As ordens Carnívora, Rodentia e Primates apresentaram maior número de espécies identificadas. As espécies com o maior número de registros foram Puma concolor (onça-parda) com 12 registros, seguido por Cebus nigritus (macaco-prego) com 8 registros. Dentre as espécies identificadas 9 estão presentes na lista estadual de espécies ameaçadas de extinção e 6 espécies na lista nacional. Desta forma, com base nos resultados preliminares encontrados, identifica-se que o PEPS protegerá uma importante área para a conservação de mamíferos no sul fluminense. Ainda assim, um esforço amostral maior distribuído por toda a extensão da UC, considerando as diferentes formações (Floresta Submontana, Montana e Alto-Montana), e a utilização de outras técnicas de registro, poderão revelar ainda a presença de outras espécies. As atividades de caça, extrativismo de palmito, presença de espécies exóticas e o mau uso do solo, que podem representar ameaças para a biodiversidade local, devem ser trabalhadas de maneira a minimizar e extinguir seus impactos.

Paisagem do Peps.



Mapa com a delimitação do novo Parque.
Armadilha fotográfica usada
para registrar as imagens
da fauna local.






























 Espécies da fauna mais comuns do Peps:

Puma concolor (onça-parda).



Cebus nigritus
(macaco-prego-da-mata-atlântica)


                                   


















Outras espécies:

Cuniculus paca (paca)

Dasypus novemcinctus (tatu-galinha)
 



Nasua nasua (quati)


Eira barbara (irara)



Sciurus aestuans (esquilo)                          
Leopardus wiedii (gato-maracajá)


                                  Leopardus pardalis (jaguatirica)







Tayassu pecari (queixada)










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